A quinze metros do arco-íris o sol é cheiroso. (Manoel de Barros)



quinta-feira, 22 de julho de 2010

O prazer de cheirar



...................................................................
Ele nunca se dera conta de como o papel podia ser uma coisa tão bonita, jamais reparara que havia tantos tipos de papel, tantas cores, tantos odores gloriosos.
..............................................................................................................
...... Ganesh pôs-se a cheirar furtivamente os papéis e, fechando os olhos, passava a mão sobre eles, para melhor apreciar sua textura.
..................................................................................................................
...... Ganesh foi tomado pela paixão de fazer cadernos de anotações. Quando Leela reclamou ele disse: “Estou fazendo esses cadernos para deixar de reserva. Nunca se sabe. De repente posso precisar deles”. E tornou-se um connaisseur de odores papeleiros. Comentou com Beharry: “Sou capaz de dizer a idade de um livro só pelo cheiro”. Sempre afirmava que o livro que tinha melhor aroma era o dicionário de francês e inglês de Harrap, obra que ele havia comprado, conforme contou a Beharry, só para poder desfrutar-lhe o perfume.


Texto do livro: O massagista místico (V.S.Naipaul - Companhia das Letras)

Esta é uma história de um homem simples, o hindu Ganesh, que herdara do pai os conhecimentos da massagem. Com o passar do tempo, ele foi percebendo que gostava de escrever e acabou sendo um grande escritor de sua terra, vindo a ocupar cargos muito importantes.


Muitas vezes, a gente não se dá conta do cheiro das coisas que estão à nossa volta. Muitas vezes, gostamos de uma coisa e não achamos explicação. Eu pergunto: não será porque o cheiro nos atraiu, nos trouxe alguma lembrança?
Mesmo inconscientemente somos capazes de sentir os cheiros. Isto acontece porque o sentido do olfato não tem barreiras. O aroma vai direto para o nosso cérebro, sem pedir licença. E não podemos impedi-lo, não podemos detê-lo.
Se fecharmos os olhos, não veremos. Se taparmos os ouvidos, não ouviremos. Mas, se taparmos o nariz, para não sentir o cheiro, morreremos. O cheiro é inseparável do ato de respirar.

O olfato é o nosso sentido mais primitivo. Sutil e misterioso, está ligado diretamente à região do cérebro onde nascem nossas emoções, o sistema límbico – um assunto para outro dia...

sábado, 17 de julho de 2010

O cheiro das coisas


O que pode despertar mais a nossa memória do que um cheiro que entra de repente no nosso dia e nos leva de volta à infância?
O bolo saindo do forno,
O cheiro do café quente se espalhando pela casa,
O perfume da roupa limpinha dentro do armário,
O cheiro de bala de hortelã,
O cheiro da terra depois da chuva,
O cheiro do livro novo no primeiro dia da escola,
O cheiro do jardim da nossa casa,
As flores perfumadas na mesa da sala,
O cheiro da relva fresca,
O cheiro do orvalho da manhã ... tantas lembranças boas!

É do olfato que nos vem todas essas recordações, o cheiro das coisas que fizeram e fazem parte da nossa vida.

Sabonete



Em 1878, Harley Procter decidiu que a fábrica de vela e sabão fundada pelo seu pai deveria produzir um sabão novo, branco, cremoso e delicadamente perfumado para competir com os mais finos sabões corrosivos importados daquela época.

Como fornecedores de sabão para o exército federal durante a guerra civil, a empresa era apropriada para enfrentar tal desafio. O primo de Procter, o químico James Gamble, logo chegou à fórmula desejada. Chamado simplesmente de "sabão branco", ele produzia uma rica espuma, mesmo em contato com a água fria, e tinha uma consistência homogênea e suave.

Certo dia, um trabalhador da fábrica que examinava os tanques de sabão parou para almoçar, esquecendo-se da máquina misturadora principal. Ao voltar, descobriu que havia sido injetado ar demais na solução do sabão. Em vez de jogar a substância fora, ele despejou-a em fôrmas de endurecimento e corte. Pedaços do primeiro sabão cheio de ar foram entregues a lojas da região. Os consumidores adoraram. A fábrica ficou abarrotada de cartas solicitando mais daquele extraordinário sabão que não ficava perdido dentro da água escurecida porque flutuava. Ao perceber que se beneficiaram com o mero acidente, Harley Procter e James Gamble pediram que, a partir de então fosse dada uma injeção extra de ar em todo sabonete. Os primeiros pedaços do "sabão mármore", como foi batizado o novo produto, apareceram em Outubro de 1879, no mesmo mês em que Thomas Edison testou com sucesso a lâmpada elétrica. Harley Procter previu que a luz elétrica poderia acabar de vez com seu lucrativo negócio de velas, e, assim, decidiu promover seu sabonete.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O perfume da rosa



O perfume da rosa acalma a mente aflita.


Simbolicamente, é o óleo do amor, é o mais nobre e precioso dos óleos da perfumaria.
E um dos mais caros, pois para se obter 1 litro de óleo é necessário cerca de 4.000 kg de pétalas de rosas.
Os botões de rosa devem ser colhidos pela manhã, logo depois do orvalho, antes dos primeiros raios de sol e destilados imediatamente, pois é neste momento que está contido todo o seu perfume.
Ao ser tocada pelo sol, a rosa abre suas pétalas e vai liberando o seu perfume lentamente até atingir todo seu esplendor, quando então, fenece.

Em aromaterapia é considerado afrodisíaco, animador, antidepressivo e atua no sistema reprodutor feminino e estimula o chakra cardíaco.

Ó óleo essencial é obtido por destilação a vapor das espécies Rosa centifolia, Rosa damascena, Rosa eglanteria, Rosa gallica officinalis, Rosa rubiginosa.
Cultivadas em grande escala em Marrocos, Índia, Bulgária, Turquia, Pérsia e sul da França.

“O óleo de rosa atua diretamente em nossas emoções, elevando a auto-estima,
despertando o amor, a sensualidade e sexualidade."