A quinze metros do arco-íris o sol é cheiroso. (Manoel de Barros)



quarta-feira, 13 de abril de 2011

A magia dos aromas


A fragrância no lar, para os antigos, era como um prazer estético. Roupas guardadas em arcas de cedro, além de mantê-las perfumadas, também as livravam das traças, que não gostavam do odor de cedro. Queimar incenso nas despensas perfumava as mercadorias guardadas e ajudava a manter os roedores longe dos víveres.
Acreditava-se que o incenso purificava o ar das influências contagiantes das doenças e do infortúnio. Assim, até as famílias mais pobres mantinham incensários ardendo diante das portas da frente, a fim de protegerem seus lares.

Tinha lógica, pois a maior parte desses aromas é anti-séptica e destrói bactérias, funcionando como protetores naturais, como ficou comprovado com o surgimento da Química Moderna, no século XIX, que conseguiu analisar os componentes de suas moléculas.

E ainda hoje continuamos com esse costume de perfumar nossa casa.
Os tempos mudaram, mas a magia dos aromas continua...

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terça-feira, 5 de abril de 2011

A Senhora das Especiarias


A SENHORA DAS ESPECIARIAS é um livro apaixonante, cheio de poesia e que deve ser lido com os olhos do coração. Uma lenda impregnada de cheiros e significados.

“As especiarias sussurram segredos e gemem seus prazeres.”

Canela
“Fazedora de amigos”.

Pimenta do Reino
“Afrouxa a garganta e nos ensina a dizer não”.

Gengibre
“Dá firmeza ao coração e ajuda a nos manter fiéis aos nossos ideais”.

Sândalo
“O aroma de sândalo alivia a dor e a recordação”.

Pétalas de Rosa e Cânfora
“Para ganhar beleza e alegria de viver”.

Basilicão – Planta da Humildade
“Vira os pensamentos para dentro, desligando-nos das coisas mundanas”.

Açafrão, pimenta do reino, fava de baunilha, curcuma... Tilo conhece as propriedades mágicas de cada erva. Para cada cliente que entra em sua loja ela tem uma receita singular e consegue ver o que mora no coração das pessoas - seus desejos e esperanças.
Nascida na Índia, após um longo ritual passa a dominar os segredos do bom uso das especiarias. Poderá alcançar a imortalidade se, entre outras condições, jamais sucumbir a desejos carnais.
Uma mestra precisa esquecer as próprias paixões.
Tilo então, assume a forma humana de uma velha, e se surpreende quando o belo Raven entra um dia em seu bazar. Descobre subitamente a fragilidade de seu coração apaixonado.


De maneira poética, Chitra Divakaruni impregna de doce magia o cotidiano de uma cidade moderna. Com rara sensibilidade, traça um perfil da comunidade de imigrantes indianos, divididos entre seus valores tradicionais e o sonho americano.


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