
De muito longe, no tempo, vêm os confeitos de flores, de preferência as de Vênus (Afrodite), consideradas as mais doces, perfumadas e... afrodisíacas.
“Segundo a mitologia grega, quando a luz desfez o caos e os deuses passaram a governar o mundo, as divindades concederam à terra suas graças, brotadas sob formas vegetais, recobrindo de jardins e florestas os vales e as montanhas e atapetando todo o fundo dos mares de opulenta flora.
Cada árvore, cada flor, cada erva obteve de um deus ou de uma deusa preferência e proteção. As mais belas flores, de cores vivas, sabor doce e perfume extasiante – as rosas vermelhas, as verbenas, as murtas, as flores de laranjeira – couberam, na partilha, a Afrodite, a deusa do Amor.”
...............................................................................................................................
Lendas à parte, o certo é que os povos antigos criaram delícias gustativas à base de flores.
Com as invasões bárbaras essa arte ficou esquecida, apenas em alguns mosteiros se continuava a fazer licores, doces, pétalas confeitadas, creme e geléias perfumados com flores. E, depois, com a revolução industrial, apenas algumas senhoras, mais requintadas e amorosas, davam-se ao trabalho de preparar os doces de flores.
Assim sendo não desapareceram de todo as conservas de rosas, as balas de violetas e os pãezinhos de alecrim.
Hoje, o retorno pelo gosto natural trouxe de volta várias receitas esquecidas.
As flores devem ser de jardim ou de cultivo orgânico, sem o uso de fertilizantes e devem ser colhidas de manhã bem cedo, com o sol ainda fraco, lavadas e secas rapidamente com muito cuidado. Podem ser guardadas em saco plástico, na geladeira por algumas horas.
Algumas podem ser usadas secas. Para secá-las, os ramos devem ser dependurados de cabeça para baixo em lugar bem ventilado e escuro.
...............................................................................................................................
Livros de consulta: “Segredos de Tias e Flores” ( Henda da Rocha Freire);
“Entre o jardim e a horta” (Gil Felippe)
.........................................................