A quinze metros do arco-íris o sol é cheiroso. (Manoel de Barros)



sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Cheirinho de Ano Novo


♦ Que delícia sentir aromas da natureza, uma opção é ter incensos dessas essências. A casa fica cheirosa e você bem disposto, quando óleos essenciais de patchuli, laranja ou gerânio são usados em um difusor.

♦ Uma gotinha de óleo essencial de lavanda no travesseiro garante bons sonhos e noites bem dormidas. O cheirinho bom de lavanda faz a gente lembrar de coisas gostosas.

♦ Plantar em um vaso os sete tipos de manjericão atrai riqueza e prosperidade. Sem falar que o arranjo deixa a cozinha delicadamente perfumada. Junte num mesmo vaso artemísia e tomilho. O resultado será um arranjo para espantar o cansaço e a melancolia.

♦ Dez gotas de óleo de laranja e duas colheres de água no difusor por meia hora ajuda a aliviar as tensões e dissolver conflitos.

♦ Perfumeiros com águas perfumadas deixam escapar lentamente o cheirinho no ambiente. Coloque-os em pontos estratégicos da casa. Eles ainda vão deixar o ambiente bonito e com um ar antiguinho.


Feliz Ano Perfumado.

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domingo, 12 de dezembro de 2010

Quero pintar uma rosa



Quero pintar uma rosa.
Rosa é flor feminina que se dá toda e tanto que para ela só resta alegria de se ter dado.Seu perfume é mistério doido.Quando profundamente aspirada toca no fundo íntimo do coração e deixa o interior do corpo inteiro perfumado.O modo de ela se abrir em mulher é belíssimo.As pétalas tem gosto bom na boca - é só experimentar.Mas a rosa não é it.É ela.As encarnadas são de grande sensualidade.As brancas são a paz do Deus.É muito raro encontrar na casa de flores rosas brancas.As amarelas são de um alarme alegre.As cor de rosa são em geral mais carnudas e tem a cor por excelência.As alaranjadas são produto de enxerto e são sexualmente atraentes.


Clarice Lispector - Água Viva

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Que cheirinho bom


Não é preciso gastar muito pra se ter os benefícios da Aromaterapia, tem coisas que já faz parte do nosso cotidiano e a gente nem se dá conta:

- Galhos de eucalipto espalhados pela casa purifica e desodoriza o ambiente deixando um cheirinho bom e a gente respira bem melhor.

- Manter sempre algumas frutas do lado de fora da geladeira, arrumadas em uma travessa, cesta ou fruteira, além de perfumar vai dar um visual colorido. Mangas, peras, goiabas, abacaxis, pêssegos, bananas, maçãs e cajus são alguns exemplos de frutas generosamente perfumadas.

- Quem mora em apartamento e não pode ter um jardim, a dica é ter sempre um vaso com plantas naturais em casa.

- Cravos e lírios perfumam e trazem tranquilidade. Uma única flor é capaz de perfumar uma sala inteira.

- Manjericão, hortelã e alecrim deixam a cozinha deliciosamente perfumada além de espantar a preguiça e estimular a fazer uma comidinha gostosa.

- Alecrim e cravina deixam a mente alerta e o coração generoso.

- Fazer doces com canela e cravo da índia, além de ficar gostoso, vai deixar um cheirinho muito bom no ambiente.

- Ou colocar essas especiarias em uma panela com água mantendo em fogo baixo por uma hora ou mais (depende da quantidade de água). Deixar a porta da cozinha aberta para que o aroma se espalhe pela casa toda, estimulando o bom humor e a boa conversa.

No mínimo, alguém vai dizer: "Que cheirinho bom!"

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sábado, 20 de novembro de 2010

Banquetes perfumados


Na Roma Antiga os banquetes eram realizados em ondas de perfume. Só poderia ser chamado de banquete se fosse perfumado. E para isso utilizavam-se flores frescas e viçosas, ungüentos perfumados e os incensos.
Flores recém-colhidas eram frequentemente espalhadas pelo chão da sala onde se realizava um banquete.
A mesa, muitas vezes, era preparada esfregando-a com folhas de hortelã. E, os próprios convivas eram adornados com fragrantes grinaldas, feitas com espécies diferentes de flores ou folhas perfumadas, como rosas, violetas, jacintos, flores de maçã, tomilho, alecrim, murta, louro e salsa.
Usadas na cabeça, sobre a testa, serviam para aliviar os excessos de bebida, se usadas sobre o peito, era para estimular o coração.
Entre um prato e outro eram oferecidas águas de flores, para que se lavassem as mãos engorduradas, pois naquele tempo comia-se com os dedos.
Ungüentos perfumados eram trazidos pelos escravos em caixas de alabastro para serem oferecidos aos convidados.
E nos cantos do ambiente eram acesos os incensos.

Petrônio, satirista do século I, descreve um luxuoso banquete, onde o anfitrião tem uma argola que desce do teto contendo caixas de alabastro com ungüentos perfumados para oferecer aos seus convidados.

Nero, durante seus banquetes, mandava soltar pétalas de rosas sobre seus convidados e pombas com as asas perfumadas para espalhar seu aroma através dos salões, e ainda mandou fazer tubulações no teto das salas por onde borrifava águas de flores durante as festas.

Heliogábalo, um dos últimos e pervertido imperador, num e seus banquetes, mandou espalhar tantas pétalas de rosas que estas chegaram a asfixiar os convidados, causando a morte de vários deles.

Era uma orgia de aromas... o uso de perfumes chegou a se converter em abuso e exagero.



Ilustração - As Rosas de Heliogábalo - Alma Tadena - 1888
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Relógio das flores


Uma outra invenção exótica do século XIX foi o relógio das flores, um canteiro de flores no jardim feito para incorporar várias plantas que exalariam sua fragrância durante determinadas horas do dia e da noite.
Além disso, as mulheres eram estimuladas a mudar de perfume regularmente para corresponder às horas corretas.
Os odores às vezes são melhor usados a determinadas horas do dia, e cada hora é indicada pelo desabrochar de uma determinada flor.
Um relógio de flores pode ser cultivado no seu jardim, tendo flores que desabrochem sequencialmente dependendo da hora do dia. É um relógio das flores, em vez do sol.

Eugene Rimmel, no "The Book of Perfumes (1865), sugere esse relógio das flores que, segundo ele, vem de um texto sobre botânica ainda mais antigo:
"E os temperos da madressilva são transportados
E o almíscar das rosas soprados"

Como uma nota final de fragrância no jardim, o relógio das flores era cultivado por ser decorativo, bem como cheiroso. Essas áreas especiais do jardim compreendiam apenas plantas com folhagem ou flores de forte cheiro.



Texto e ilustração: O Livro da Aromaterapia (Jeanne Rose).
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Violetas perfumadas



Violeta – Viola odorata

Considerada como símbolo da terra que desperta fazendo brotar nova vida, a violeta foi mencionada por muitos poetas ao longo do tempo, mas foi Shakespeare quem a citou como flor de importância, referindo-se a ela como “precoce”, uma vez que é uma das primeiras flores a desabrochar na primavera:

A precoce violeta assim repreendi:
Doce ladra, de onde roubaste aroma tão doce,
Se não do hálito de minha amada?



Na mitologia era considerada a flor de Zeus, rei dos deuses. Conta a lenda que Zeus estava apaixonado por uma bela jovem chamada Io e, para protege-la de Hera, sua esposa ciumenta, transformou-a em um bezerro. Depois, para alimenta-la com uma iguaria delicada, Zeus ordenou à terra que produzisse uma linda flor em homenagem à sua amada. A esta flor, ele deu o nome de Íon, a palavra grega para violeta.

Já desde o século VI acreditava-se nas propriedades curativas da violeta. Nos séculos XII e XIII entre os cortesãos, a violeta era objeto das festas da primavera da época.
Era salpicada em coroas para refrescar a fronte e dissipar a dor de cabeça e a embriaguez.
A violeta era tão estimada pelos antigos gregos que se tornou o símbolo de Atenas.
Era cultivada por eles para adoçar alimentos e, por volta do século XV, podia ser encontrada em todos os jardins de mosteiros, para uso tanto na preparação de alimentos quanto medicinal. Ela era utilizada para aliviar melancolia e para curar dores de cabeça e insônia, até mesmo em bebês: colocavam-se as suas flores sobre o travesseiro quando iam dormir.
E, ainda nos dias de hoje as violetas são utilizadas em saladas, doces, geléias e, cristalizadas com açúcar, dando um toque especial e elegante às receitas.
Seu gosto é adocicado e perfumado.

Para cristalizar as violetas:
Escolha violetas muito perfumadas. Prepare uma calda, usando uma xícara de água e ½ Kg de açúcar de confeiteiro. Ponha as violetas a ferver por um minuto nessa calda, tendo o cuidado de colocar na caçarola uma quantidade pequena para não amontoá-las.
Com uma escumadeira, retire as violetas e espalhe-as sobre papel impermeável. Reponha três vezes seguidas, na mesma calda fervente.
Aqueça forno prévia e brandamente. Quando as violetas estiveram passadas na calda, desligue o forno e coloque-as para secar com o forno apagado, virando-as uma vez.

Estão prontas para saborear.

Só servem as da espécie viola odorata que são as verdadeiras violetas.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O sabor das flores


De muito longe, no tempo, vêm os confeitos de flores, de preferência as de Vênus (Afrodite), consideradas as mais doces, perfumadas e... afrodisíacas.

Segundo a mitologia grega, quando a luz desfez o caos e os deuses passaram a governar o mundo, as divindades concederam à terra suas graças, brotadas sob formas vegetais, recobrindo de jardins e florestas os vales e as montanhas e atapetando todo o fundo dos mares de opulenta flora.
Cada árvore, cada flor, cada erva obteve de um deus ou de uma deusa preferência e proteção. As mais belas flores, de cores vivas, sabor doce e perfume extasiante – as rosas vermelhas, as verbenas, as murtas, as flores de laranjeira – couberam, na partilha, a Afrodite, a deusa do Amor.”

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Lendas à parte, o certo é que os povos antigos criaram delícias gustativas à base de flores.
Com as invasões bárbaras essa arte ficou esquecida, apenas em alguns mosteiros se continuava a fazer licores, doces, pétalas confeitadas, creme e geléias perfumados com flores. E, depois, com a revolução industrial, apenas algumas senhoras, mais requintadas e amorosas, davam-se ao trabalho de preparar os doces de flores.
Assim sendo não desapareceram de todo as conservas de rosas, as balas de violetas e os pãezinhos de alecrim.
Hoje, o retorno pelo gosto natural trouxe de volta várias receitas esquecidas.

As flores devem ser de jardim ou de cultivo orgânico, sem o uso de fertilizantes e devem ser colhidas de manhã bem cedo, com o sol ainda fraco, lavadas e secas rapidamente com muito cuidado. Podem ser guardadas em saco plástico, na geladeira por algumas horas.
Algumas podem ser usadas secas. Para secá-las, os ramos devem ser dependurados de cabeça para baixo em lugar bem ventilado e escuro.
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Livros de consulta: “Segredos de Tias e Flores” ( Henda da Rocha Freire);
“Entre o jardim e a horta” (Gil Felippe)

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sábado, 9 de outubro de 2010

A arte de se perfumar


Não importa como nos vestimos, se de uma maneira despojada ou clássica, sofisticada ou esportiva, cores fortes ou suaves. A maneira como nos mostramos ao mundo revela um pouco da nossa personalidade. Mas, mais do que a roupa, a cor ou o discurso, nos revelamos através do perfume que usamos, que representa uma mensagem instantânea e sutil.
Os odores se fixam na memória com mais intensidade do que as imagens ou os sons, influenciando nossa capacidade de evocar lembranças do passado e revivê-las. Escolher uma fragrância, portanto, não é um ato gratuito. Os cheiros traduzem humores, falam de nossos anseios e procuras. Quando compramos um perfume buscamos algo mais do que um simples odor agradável, compramos uma imagem.

Perfume é assunto estritamente pessoal. Não adianta seguir a dica de uma amiga ou comprar aquela marca que acabou de sair. Uma mesma fragrância reage de maneira diferente em cada pessoa. O jeito é experimentar até chegar à essência desejada. Escolher uma fragrância é quase como optar por um traço da personalidade.

A Arte de se perfumar consiste em encontrar a fragrância que mais combina com a nossa pele, a nossa personalidade, o nosso estado de espírito; enfim, que fale, numa linguagem sutil, quem somos nós.

Um perfume pode dizer muito a respeito de quem o usa. É uma poção mágica capaz de mexer com a imaginação e o sangue, com nossos sonhos mais íntimos...Por isso, deve ser escolhido com muita sensibilidade, com a arte de um mestre.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Tussie Mussies


Houve um tempo em que as mulheres, quando saíam às ruas, costumavam levar pequenos buquês feitos com flores e ervas aromáticas..
Esses buquês, chamados Tussie Mussies, tem sua origem datada de pelo menos 1440 (era medieval) e, eram levados na mão de forma que as flores ficassem bem próximo ao nariz para amenizar os maus cheiros da precária higiene e da falta de saneamento da época.

Rosa, lavanda, tomilho, manjerona, amor-perfeito, verbena odorífera, camomila e madressilva, eram as flores e ervas mais utilizadas para o pequeno arranjo. O que contava era que, as espécies fossem de aroma fresco e agradável. Com o tempo, esses pequenos buquês foram se sofisticando, combinando cores, aromas, laços de fitas e muitas vezes um suporte de formato de um cone.

Eles ficaram bastante popularizados na época vitoriana, época em que as flores eram bastante valorizadas, e dotadas de diversos significados. Era muito comum as pessoas se presentearem com os Tussie Mussies para transmitir mensagens secretas, e muitos livros foram escritos descrevendo significados e gestos a serem utilizados.
Por exemplo: se uma moça recebia de um pretendente um desses buquês, deveria receber com a mão direita para dizer sim e com a mão esquerda para dizer não. Conforme a flor e o aroma, também teriam significados diferentes.

Até hoje se mantém o uso desses delicados arranjos, como os buquês das noivas e também como um delicado presente a alguém que se queira agradar.

É fácil fazer um Tussie Mussie:
Escolhas as flores e ervas, corte os caules no tamanho apropriado e deixe num vaso com água por umas duas ou três horas. Depois disso comece o buquê começando do centro. À medida que for colocando as flores vá girando e amarrando frouxamente com um barbante ou linha. Quando chegar ao tamanho desejado, coloque as ervas perfumadas em torno e arremate com uma fita dando um lindo laço. Pode, ainda se quiser usar um cone delicado ou uma toalhinha redonda de tule, renda ou organdi.


Os Tussie Mussies são de bom gosto, diferentes e encantadores.
Você também pode colocar em diversas partes da casa para proporcionar mais cor e perfume ao ambiente e dando aquele ar antiguinho que tanto nos encanta...


Fonte de consulta - Livro: Feng Shui para o Jardim (Richard Webster).:
Fotos da Internet

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Prova de amor


Na Antigüidade usavam-se fragrâncias não só para fins de atração pessoal, mas também como importante ingrediente para tudo, desde banquetes a desfiles e funerais, passando por eventos esportivos.
Os perfumes também eram usados para mascarar odores desagradáveis no lar, como os que provinham de produtos de despejo. O óleo dos lampiões, que tinha um odor ruim, era perfumado por quem dispunha de recursos para tanto. De modo análogo, perfumar roupas com incensos disfarçaria quaisquer odores desagradáveis inerentes aos tecidos ou às tinturas empregadas em sua fabricação.
O perfume era também muito usado pelos apaixonados, com o objetivo de realizar o ideal do amante bem cheiroso.
Como símbolo fragrante de sua adoração, os apaixonados presenteavam suas amadas com coroas florais, quanto mais perfumadas, maior era a prova de amor.

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

ÁGUAS FLORIDAS


São lindas, fáceis de fazer e enfeitam o banheiro, que fica com um ar antiguinho, dos tempos da vovó. Em vidros antigos são uma preciosidade. Mas também fica ótimo naquelas garrafinhas engraçadas que sempre temos pena de jogar fora. Aos poucos vai se formando uma coleção colorida que embeleza e alegra uma prateleira esquecida ou um cantinho meio desajeitado.
O resultado não será tão aromático, mas o prazer que se tira disso é enorme. As águas de cheiro borrifadas no ar, deixadas em recipientes espalhados pela casa emanam um perfume delicado e suave, muito calmante.
Podemos fazer águas floridas com flores como o jasmim, rosas, camomilas e damas da noite, e com ervas como o tomilho, alecrim, sálvia e manjericão, entre outras. O gostoso é sempre ir experimentando e conseguindo novos perfumes.

Material
- 750ml de água filtrada
- 100ml de álcool de cereais
- 50 gramas de flores ou ervas frescas ou secas
- Coador
- Pedaço de linho ou gaze
- Colher de pau
- Recipiente de vidro com tampa hermética

Como fazer:
- Coloque o álcool e a água no recipiente de vidro, feche e agite para misturar.
- Adicione as ervas ou flores, tampe e misture.
- Deixe em um local escuro por uns dez dias, agitando de vez em quando.
- Após esse tempo, passe pelo coador forrado com a gaze ou linho e
esprema bem as flores.
- Ponha o preparado nas garrafinhas escolhidas, lavadas previamente com água fervente.

Se quiser ponha uns galhinhos dentro do vidro para enfeitar, com o auxílio de uma pinça comprida.

Utilize plantas integrais e não tratadas, as de jardim são mais indicadas ou, sendo secas, aquelas que compramos em lojas de produtos naturais.

Neste trabalho, a limpeza vale pelo visual: a transparência é importante para mostrar os detalhes da cor, das flores e das folhas.

Não deixe os frascos em locais que peguem sol direto, pois a luz intensa afeta a qualidade do preparado.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Banho Cheiroso


Um banho perfumado já dá um grande prazer e, se ainda você aliar o odor agradável às propriedades terapêuticas dos óleos essenciais, melhor ainda
Além de refrescar e limpar o corpo, o banho perfumado com óleos essenciais alivia tensões musculares, elimina grande parte do cansaço, dores de cabeça, renova as energias.
É muito simples preparar um banho aromático:
Na banheira:
Basta colocar algumas gotas de óleo essencial numa banheira com água morna. Misture oito (8) gotas de óleo essencial em dez mililitros de óleo de amêndoas (aproximadamente 1 colher de sopa). Jogue essa mistura na banheira e agite com a mão, delicadamente, para dispersar.
No chuveiro:
Se não tiver banheira em casa, tome seu banho de chuveiro normalmente e ainda com o corpo molhado, faça uma massagem com duas (2) gotas de óleo essencial misturado a dez mililitros de óleo de amêndoas ou semente de uvas. Faça uma ligeira e delicada fricção no corpo todo, sem pressa, se quiser pode usar uma esponja.
Depois é só enxaguar com água morna para tirar o excesso de óleo.

Existe um óleo essencial apropriado para cada ocasião, eis algumas sugestões:

Banho Aromático Relaxante
Para aliviar as tensões nervosas e o stress. Uma suave combinação de Camomila, Sálvia e Lavanda.
Banho Aromático Revigorante
Para aliviar o cansaço físico, mental e emocional. Uma combinação de Hortelã, Eucalipto, Capim - Limão que proporciona a sensação de frescor e bem estar.
Banho Aromático Energizante
É indicado para restaurar as energias vitais do corpo. Combina os aromas dos óleos essenciais de Alecrim, Gengibre e de Laranja.
Banho Sensual
Deixa na pele um aroma exótico estimulando a sensualidade. Vetiver, ylang-ylang, Tangerina e Pétalas de Rosa.
Banho Bem - Estar com Lavanda
Seu aroma suave e suas propriedades calmantes proporciona uma sensação de leveza e tranqüilidade.

LEMBRE-SE:
Para a banheira - 8 gotas de óleo essencial
Para o chuveiro são só - 2 gotas do óleo essencial
Pode usar um único óleo essencial ou uma mistura de vários (quatro no máximo).
Nunca use o óleo essencial puro na pele, misture-o sempre a um óleo vegetal como o de amêndoas ou semente de uva.
Os óleos essenciais são extratos de plantas e altamente concentrados, por essa razão deve ser usado em poucas gotas. São delicados e sensíveis como as plantas, por isso, acredita-se que alcançam pontos bastantes sutis do nosso corpo e mente.

O banho não deve ultrapassar 20 minutos, tanto na banheira como no chuveiro e a água deve estar morna, nem muito quente nem muito fria.

Tome um Banho Cheiroso - Você vai gostar!

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cheiração beatífica



Horta é coisa boa de se cheirar. Estranho o desprezo com que tratamos o nariz. Os teólogos de outros tempos falavam da "visão beatífica de Deus". Mas nunca li, em nenhum deles, coisa alguma sobre "a cheiração beatífica de Deus". Como se fosse indigno que tivesse cheiros, que ele entrasse pelos nossos narizes adentro, por escuros canais até as origens mais primitivas do nosso corpo.
Pois, se eu pudesse, faria uma teologia inspirada na horta, e o meu Deus teria o cheiro das folhas do tomateiro depois de regadas, e também da hortelã, do manjericão, do orégano, do coentro.
Essa coisa indefinível, invisível, que entra fundo na nossa alma e daí se irradia para o corpo inteiro como uma onda embriagante, o cheiro é a aura erótica do objeto, sua presença dentro de nós, emanação mágica por meio da qual nós o possuimos. Quem cheira fundo - e para isso até fecha os olhos, porque o cheiro vai mais dentro que os olhos - está dizendo o quanto ama...
E fico pensando nessa coisa curiosa: que a horta só seja percebida como produtora de coisas boas para comer. Isso só pode ser devido a uma degeneração do nosso corpo, de sua imensa riqueza erótica, à monotonia canibalesca que só reconhce o comer como forma de apropriação do objeto.
Os cheiros moram na horta, e quem não se dá o trabalho de cultivá-la não pode ter a alegria de reconhecê-los.
Há pessoas que se reunem para ouvir música; outras pelo puro prazer do paladar. Mas ainda não se convidam pessoas para concertos e banquetes de perfumes. O mais próximo seria, talvez, convidá-las para passear pela nossa horta; e ali nos deliciar com a perplexidade na medida em que lhes oferecemos folhinhas para cheirar e lhes perguntamos: "Sabe o que é isto? Veja como é gostoso..."

Rubem Alves (O Quarto do Mistério - Papiro - 1999)
www.rubemalves.com.br

sábado, 28 de agosto de 2010

Uma braçada de teus cheiros




Tu ceifaste as flores, as ervas
Que cobrem os campos e as tardes
E entre minhas ilhargas colocaste
Uma braçada de teus cheiros.

Sílvia Jacintho

XXXIII – ESCALDANTE FEBRE - do livro Chama

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quase mágico


Quase mágico e poderosamente intrigante é entender por que uma planta produz substâncias tão importantes para a espécie humana e descobrir como essas substâncias podem ser, e de fato são, úteis como medicamentos.

Elas vão se relacionar com o mundo utilizando-se de suas substâncias químicas como um dos mais importantes e belos mecanismos de sobrevivência e de perpetuação de uma espécie e como produtoras potenciais de compostos de utilidade para outras espécies. Entre elas os óleos essenciais, que dão o aroma da planta.

As plantas incorporam na sua matéria a energia da luz solar e substâncias do ar e do solo. Por meio de transformações químicas, são produzidos vários compostos químicos, entre eles: os ácidos, os aldeídos, os álcoois, as cetonas, os fenóis, os ésteres, os terpenos, etc.
Cada aroma será uma combinação única das substâncias químicas citadas, em dosagens cuidadosamente selecionadas pela natureza.

Curiosamente, para cada planta ou parte dela, a natureza escolhe algum composto dominante, criando substâncias com a adição de outros compostos, em menor proporção. Com isso, são criados inúmeros benefícios diferentes, através dos diversos óleos gerados por incontáveis possibilidades de combinações.

Na natureza, os aromas provenientes dos óleos presentes nas plantas têm uma dupla função. Em primeiro lugar, formam um escudo protetor, repelindo pragas, doenças, insetos e outras plantas. Em segundo lugar, o aroma funciona como um elemento de atração sobre aves e insetos, necessários para o processo de reprodução da planta, através da polinização.

São as diversas partes dos vegetais que fornecem a matéria prima para a extração dos óleos essenciais. Podem ser utilizadas, em separado, as folhas, as flores, os caules, os frutos, as sementes, as raízes ou uma combinação destes elementos.
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Para entender melhor o mundo dos aromas


Para entender melhor o mundo dos aromas, é preciso saber alguns conceitos.
Aroma, cheiro, perfume, odor, olor, fragrância... são palavras que significam a mesma coisa mas, existem algumas pequenas diferenças, eu diria pequenas sutilezas desse Universo Aromático.

• Odor, cheiro – são termos mais genéricos. Pode ser uma sensação olfativa boa ou ruim - agradável ou não.

• Aroma, segundo o dicionário Aurélio, se refere somente ao complexo de substâncias odoríferas. Mas há um significado mais abrangente, podemos também dizer que a palavra Aroma é utilizada geralmente para designar substâncias que dão sabor e odor aos alimentos.

• Perfume – É uma sensação olfativa agradável, sinônimo de fragrância, difícil de descrever, com precisão, pelas palavras. Pode ainda qualificar uma linha de fragrâncias como, por exemplo: Perfumes Dior, Perfumes Avon, Perfumes Natura, etc.

• Essência, Fragrância ou Composição Aromática – É a mistura de substâncias (matérias primas) que apresentam aroma agradável, podendo ser de origem natural ou sintética, fruto da criatividade e da prática dos perfumistas.

• Óleos Essenciais – São as essências de origem natural, o princípio odorífero das plantas; são uma complexa mistura de diferentes substâncias químicas que formam entre si uma combinação bastante equilibrada, agradável que nos transmite bem-estar.

• Essências de Origem Sintética – São aquelas obtidas em laboratório, podendo ser obtidas dos óleos essenciais ou através da síntese orgânica, totalmente artificial. As essências são imitações dos aromas naturais. E pode nos trazer bem-estar, porém de forma mais transitória.

• Olor – é o cheiro dito de uma maneira mais poética.
“A tarde foi. A noite deslizou sigilosa sobre o sonho do homem sua cápsula celeste. Um triste olor selvagem soltou a madressilva” (Pablo Neruda)

Foto da Internet - Madressilva
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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ritual dos Aromas


O homem é um ser inquieto, sociável, sempre curioso e comovido com algo impalpável. E sua ambição é entrar em contato direto com a essência divina em que acredita.
Os rituais das fragrâncias, as práticas e processos evocativos são a psicoterapia que atinge o mental, e os aromas favorecem ao homem a ativar o cérebro e mergulhar no seu subconsciente, codificado em sua memória.

No ritual dos aromas, as técnicas atuam na sensibilidade. Certos odores têm efeitos calmantes, hipnóticos.
O bálsamo da Judéia, por exemplo, jogou Salomão nos braços da rainha de Sabá, que chegou ao Egito com sua legião de elefantes etíopes.
Marco Antônio se rendeu a Cleópatra envolvido nas nuvens aromáticas que se desprendiam das velas de seu barco.
As mulheres árabes faziam ungüentos perfumados com jasmim, sândalo e aloé. Rainhas e princesas egípcias perfumavam suas roupas e seus leitos com canela e mirra, entre outras espécies aromáticas.
Usavam óleos extraídos de plantas para se protegerem do sol causticante, leite cozido com feno grego para amaciar e refrescar a pele, cravos e erva-doce para mordiscar e perfumar o hálito.

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O GOSTO DO CHEIRO



Cheirinho de pipoca no ar do parque... é de deixar qualquer um com água na boca! Difícil é resistir. E aquele cheirinho da canela numa torta de maçã?
Nós também conhecemos o mundo pelos cheiros, usando o nariz, e pelos sabores, dentro da boca.
As comidas estragadas têm um cheiro horrível para nós - é o alarme do nosso corpo para saber que não devemos comê-las.
E se por acaso colocamos uma comida estragada na boca, sentimos um gosto horrível. É mais um alarme: desta vez, o paladar avisa que aquela comida vai nos fazer mal.
Olfato e paladar trabalham em cooperação, são as nossas sentinelas mais alertas.

Mas esse alerta não é privilégio só dos humanos, os outros animais tem esse senso através do olfato, muito mais aguçado que o nosso.
Os urubus, por exemplo, usam o olfato para saber se o bicho que eles estão comendo foi picado por uma cobra e, com isso, a carne estará envenenada.

É a Mãe Natureza agindo a nosso favor...
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quinta-feira, 22 de julho de 2010

O prazer de cheirar



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Ele nunca se dera conta de como o papel podia ser uma coisa tão bonita, jamais reparara que havia tantos tipos de papel, tantas cores, tantos odores gloriosos.
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...... Ganesh pôs-se a cheirar furtivamente os papéis e, fechando os olhos, passava a mão sobre eles, para melhor apreciar sua textura.
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...... Ganesh foi tomado pela paixão de fazer cadernos de anotações. Quando Leela reclamou ele disse: “Estou fazendo esses cadernos para deixar de reserva. Nunca se sabe. De repente posso precisar deles”. E tornou-se um connaisseur de odores papeleiros. Comentou com Beharry: “Sou capaz de dizer a idade de um livro só pelo cheiro”. Sempre afirmava que o livro que tinha melhor aroma era o dicionário de francês e inglês de Harrap, obra que ele havia comprado, conforme contou a Beharry, só para poder desfrutar-lhe o perfume.


Texto do livro: O massagista místico (V.S.Naipaul - Companhia das Letras)

Esta é uma história de um homem simples, o hindu Ganesh, que herdara do pai os conhecimentos da massagem. Com o passar do tempo, ele foi percebendo que gostava de escrever e acabou sendo um grande escritor de sua terra, vindo a ocupar cargos muito importantes.


Muitas vezes, a gente não se dá conta do cheiro das coisas que estão à nossa volta. Muitas vezes, gostamos de uma coisa e não achamos explicação. Eu pergunto: não será porque o cheiro nos atraiu, nos trouxe alguma lembrança?
Mesmo inconscientemente somos capazes de sentir os cheiros. Isto acontece porque o sentido do olfato não tem barreiras. O aroma vai direto para o nosso cérebro, sem pedir licença. E não podemos impedi-lo, não podemos detê-lo.
Se fecharmos os olhos, não veremos. Se taparmos os ouvidos, não ouviremos. Mas, se taparmos o nariz, para não sentir o cheiro, morreremos. O cheiro é inseparável do ato de respirar.

O olfato é o nosso sentido mais primitivo. Sutil e misterioso, está ligado diretamente à região do cérebro onde nascem nossas emoções, o sistema límbico – um assunto para outro dia...

sábado, 17 de julho de 2010

O cheiro das coisas


O que pode despertar mais a nossa memória do que um cheiro que entra de repente no nosso dia e nos leva de volta à infância?
O bolo saindo do forno,
O cheiro do café quente se espalhando pela casa,
O perfume da roupa limpinha dentro do armário,
O cheiro de bala de hortelã,
O cheiro da terra depois da chuva,
O cheiro do livro novo no primeiro dia da escola,
O cheiro do jardim da nossa casa,
As flores perfumadas na mesa da sala,
O cheiro da relva fresca,
O cheiro do orvalho da manhã ... tantas lembranças boas!

É do olfato que nos vem todas essas recordações, o cheiro das coisas que fizeram e fazem parte da nossa vida.

Sabonete



Em 1878, Harley Procter decidiu que a fábrica de vela e sabão fundada pelo seu pai deveria produzir um sabão novo, branco, cremoso e delicadamente perfumado para competir com os mais finos sabões corrosivos importados daquela época.

Como fornecedores de sabão para o exército federal durante a guerra civil, a empresa era apropriada para enfrentar tal desafio. O primo de Procter, o químico James Gamble, logo chegou à fórmula desejada. Chamado simplesmente de "sabão branco", ele produzia uma rica espuma, mesmo em contato com a água fria, e tinha uma consistência homogênea e suave.

Certo dia, um trabalhador da fábrica que examinava os tanques de sabão parou para almoçar, esquecendo-se da máquina misturadora principal. Ao voltar, descobriu que havia sido injetado ar demais na solução do sabão. Em vez de jogar a substância fora, ele despejou-a em fôrmas de endurecimento e corte. Pedaços do primeiro sabão cheio de ar foram entregues a lojas da região. Os consumidores adoraram. A fábrica ficou abarrotada de cartas solicitando mais daquele extraordinário sabão que não ficava perdido dentro da água escurecida porque flutuava. Ao perceber que se beneficiaram com o mero acidente, Harley Procter e James Gamble pediram que, a partir de então fosse dada uma injeção extra de ar em todo sabonete. Os primeiros pedaços do "sabão mármore", como foi batizado o novo produto, apareceram em Outubro de 1879, no mesmo mês em que Thomas Edison testou com sucesso a lâmpada elétrica. Harley Procter previu que a luz elétrica poderia acabar de vez com seu lucrativo negócio de velas, e, assim, decidiu promover seu sabonete.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O perfume da rosa



O perfume da rosa acalma a mente aflita.


Simbolicamente, é o óleo do amor, é o mais nobre e precioso dos óleos da perfumaria.
E um dos mais caros, pois para se obter 1 litro de óleo é necessário cerca de 4.000 kg de pétalas de rosas.
Os botões de rosa devem ser colhidos pela manhã, logo depois do orvalho, antes dos primeiros raios de sol e destilados imediatamente, pois é neste momento que está contido todo o seu perfume.
Ao ser tocada pelo sol, a rosa abre suas pétalas e vai liberando o seu perfume lentamente até atingir todo seu esplendor, quando então, fenece.

Em aromaterapia é considerado afrodisíaco, animador, antidepressivo e atua no sistema reprodutor feminino e estimula o chakra cardíaco.

Ó óleo essencial é obtido por destilação a vapor das espécies Rosa centifolia, Rosa damascena, Rosa eglanteria, Rosa gallica officinalis, Rosa rubiginosa.
Cultivadas em grande escala em Marrocos, Índia, Bulgária, Turquia, Pérsia e sul da França.

“O óleo de rosa atua diretamente em nossas emoções, elevando a auto-estima,
despertando o amor, a sensualidade e sexualidade."